quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Eu te batizo em nome da Terra, dos astros e da perfeição.

"E vão sendo horas enfim de descermos o rio. Amanhã talvez? Hoje. Um dia. Estará uma noite quente, caminharemos de mãos dadas. O Anjo não virá, que teria lá de fazer? vamos nós. Não terei medo da tua presença com a toda a sua força de me fazer ajoelhar. Olharei o teu corpo na sua transparência incorruptível. Sofrerei em mim a descarga do universo e não gritarei o teu nome. Porque estará em mim e eu hei de sabê-lo. A areia brilhará de uma luz pálida, pisá-la-emos devagar a um impulso fortíssimo e lento. Estaremos nus desde o início, sem vergonha anterior. Nudez primitiva, não a saberemos. Porque será uma nudez para antes de os deuses nascerem. Então mergulharemos nas águas do rio e deitar-nos-emos na areia. E olharemos o céu limpo e sem estrelas. E acharemos perfeitamente natural, porque a iluminação estará em nós. Erguer-nos-emos por fim e eu baixar-me-ei ao rio e trarei a água na concha das mãos. E derrámá-la-ei imensamente e devagar sobre a tua cabeça. E direi para toda a história futura, na eternidade de nós.

- Eu te batizo em nome da Terra, dos astros e da perfeição.
E tu dirás está bem."

Lisboa, 29 de Dezembro de 1989

Final do romance Em Nome da Terra, de Vergílio Ferreira

O texto mais bonito que eu conheço.



sábado, 22 de setembro de 2012

Outono com Lhasa | Mi vanidad

O outono começa hoje à tarde! Apreciemo-lo como ele merece.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

O que me refrescou e animou neste verão.

Summer beaches parties ... sunsets proliferaram neste verão, conhecida também por silly season, mas o verão, para mim, é mesmo não fazer nada, como diz a canção "Nada melhor do que não fazer nada ..." cantada em português. Uma canção de todas as estações.

5º Aniversário Ondagalapos Bar

O que me refrescou? Obviamente os banhos e mergulhos nas águas mais ou menos mornas, mais ou menos frias, mais ou menos calmas das praias por onde me veraneei. Todas bonitas!

sábado, 8 de setembro de 2012

Paulo de Carvalho



Amor sem palavras de Joaquim Pessoa (poema).

Paulo de Carvalho festejou, neste verão, 50 anos de carreira. Parabéns!

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Festa das Vindimas em Palmela


Marcha das Vindimas 2012    (excertos)

Agora que és só minha
E eu também sou só teu,
Da Europa és rainha
E o mundo é todo meu.

É aqui que tu e eu
Voltaremos a encontrar-nos
E vai recomeçar tudo, do princípio, outra vez.

Letra e música de Jorge Salgueiro. Canta Ivo Soares


Estamos quase no final do verão, época das vindimas, tempo para festejar e saborear o que a vida nos dá. De cor âmbar com laivos esverdeados. Aroma a caramelo, laranja e especiarias. Paladar redondo, frutado e muito suave. Moscatel.

E é aqui na serra da Arrábida, terra abençoada pelos deuses e por Deus, que se festeja de forma singela e nobre o que o chão nos oferta. Razões que me ajudam a justificar a minha opção de vida ao escolher este local para viver. Sem arrependimentos.