segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Festa do Teatro 2010

Integrado nesta Festa acabei de ver uma representação de formas animadas que foram, como eu hei-de dizer? Um mimo!

"Poemes Visuales" pela Companhia Jordi Bertrán, Barcelona.



Foi bastante divertido, para além de original e bonito ...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A música em As Estações do Ano

As Estações do Ano tem como única pretensão partilhar com quem passa por aqui "as coisas" que eu gosto (literatura, cinema, teatro, dança, ...), no entanto a música tem sido um tema que tem vindo a crescer, neste pequeno espaço da blogosfera:  junto com a poesia, no cinema, na dança, nos momentos mágicos e até no meu perfil. Sem que eu me apercebesse ...

Confesso que não era esta tendência que eu tinha previsto ... Mas sinto-me contente por, finalmente, esta forma de expressão ter ocupado um espaço importante na minha vida e eu, assim, poder usufruir, fruir e partilhar estes momentos cada vez mais caros.



Ontem, já tarde, passei pelo Café Central  e tocava-se esta música. Sentei-me e fiquei a ouvir ...

Espero que gostem tanto como eu!

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pedacinho de Céu Azul




Às vezes não precisamos de perceber tudo para gostarmos, neste caso, desta canção. Belíssima!
Fiquem bem!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Coincidências, encontros e destino ...

Abri  O Evangelho Segundo Jesus Cristo de José Saramago e li este texto:

"Muito se tem falado das coincidências de que a vida é feita, tecida e composta, mas quase nada dos encontros que, dia a dia, vão acontecendo nela, e isso não obstante serem os ditos encontros, quase sempre os que a mesma vida orientam e determinam, embora, em defesa daquela percepção parcial das contingências fosse possível argumentar que um encontro é, no seu mais rigoroso sentido, uma coincidência, o que não significa, claro está, que todas as coincidências tenham de ser encontros."

Todos nós, os mais cépticos e/ou os mais crentes, nos questionamos sobre estes temas.

Quantas vezes se abriram caminhos diante de nós e que força nos impeliu para escolher um deles?

O filme Contraluz aborda também estes temas de uma forma simplista e ficcionada. Umas vezes, de uma forma mais conseguida, outras menos.

Deixo-vos aqui a banda sonora deste filme, interpretada pelos Santos e Pecadores, Tela.



As conclusões ou as respostas, se as houver, caberá a cada um de nós, encontrá-las, se for caso disso, claro!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Canção de Embalar de José Afonso



Dorme meu menino, a estrela d' alva
já a procurei e não a vi.
Se ela não vier de madrugada
outra que eu souber será pra ti
outra que eu souber será pra ti.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Em Nome da Terra

"Por fim saímos da água e os deuses olharam-nos, humilhados na sua inutilidade. Uma nova raça divina erguia-se em nós. Poderosos imensos. Trazíamos uma mensagem dos confins das eras, a Terra esperava-nos. Trazíamos a notícia de um corpo incorruptível e perfeito.

- Jura-me que nunca hás-de envelhecer - disse-te.
- Juro.
- E que nunca hás-de morrer.
- Sim.
- E que a beleza estará sempre contigo. E a glória. E a paz.
- Juro.

(...) e eu baixar-me-ei ao rio e trarei a água na concha das mãos. E derramá-la-ei  imensamente e devagar sobre a tua cabeça. E direi para toda a história futura, na eternidade de nós:
- Eu te baptizo em nome da Terra, dos astros e da perfeição.
E tu dirás está bem."

Lisboa, 29 de Dezembro de 1989. Vergílio Ferreira

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Para quem acredita em anjos.

Em As Estações do Ano, os contos de José Eduardo Agualusa, Estranhões & Bizarrocos, (excertos mais ou menos longos)  podem encontrar-se em momentosmágicos, deste blogue. São "estórias para adormecer anjos"...

O sonhador

"O pequeno Carlos estava um pouco assustado com aquilo mas sabia que nos sonhos tudo pode acontecer e por isso não disse nada. O pai, o pai do seu sonho, levou-o depois até uma praia imensa, em cujas dunas cresciam grandes abóboras douradas.
- Olha bem para elas - disse-lhe o pai. - Repara no tamanho e na textura. Estão enormes, brilhantes e redondas. Estão maduras. Daqui a pouco vão nascer os anjos.

Sentaram-se os dois na areia da praia. O pequeno Carlos pousou a cabeça no peito do pai. O sol estava  quase a desaparecer no mar. A luz tinha-se tornado subitamente mais macia. Então a abóbora à frente deles começou a palpitar, ouviu-se um choro fraco, ela rompeu-se e lá de dentro saltou um bebé com asas.

Espantado, o pequeno Carlos, viu o bebé esticar  as asas húmidas, olhar para eles com os seus intensos olhos azuis - e voar. As outras abóboras, por toda a praia, estalavam, abriam-se e em pouco tempo o céu estava coberto de bebés-anjos, que riam e brincavam uns com os outros.

O pai abraçou-o:
- É por isso que nós chamamos ao poente a hora dos anjos - disse-lhe.- Agora podes dormir."

Outros contos: O pai que se tornou mãe  e  O caçador de borboletas .

domingo, 1 de agosto de 2010

Ler Vergílio Ferreira: "até ao fim".

"Estou bem. Cansado até às raízes de mim, mas estou bem. A vida inventa-se em cada hora em que ela se nos inventa, o meu olhar ilumina-se com a lâmpada de cada dia. Tenho uma bebida na pequena mesa ao lado da cadeira de lona, quase a esqueci. Beber devagar com a noite que desce. Uma serenidade invulnerável alastra pelo universo. Os rapazes da piscina cá do alto recolheram a casa. A piscina deserta. O mar deserto até ao limite do poente. A vida inteira dentro de mim."

até ao fim de Vergílio Ferreira