O que me anima e alegra nesta primavera...
Obrigado pelo convite.Deixo um poema de Flobela Espanca, uma poetisa muito cara ao Porto e Matosinhos, em particular. OutonalCaem as folhas mortas sobre o lago;Na penumbra outonal, não sei quem teceAs rendas do silêncio… Olha, anoitece!- Brumas longínquas do País do Vago…Veludos a ondear… Mistério mago…Encantamento… A hora que não esquece,A luz que a pouco e pouco desfalece,Que lança em mim a bênção dum afago…Outono dos crepúsculos doirados,De púrpuras, damascos e brocados!- Vestes a terra inteira de esplendor!Outono das tardinhas silenciosas,Das magníficas noites voluptuosasEm que eu soluço a delirar de amor…(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
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1 comentário:
Obrigado pelo convite.
Deixo um poema de Flobela Espanca, uma poetisa muito cara ao Porto e Matosinhos, em particular.
Outonal
Caem as folhas mortas sobre o lago;
Na penumbra outonal, não sei quem tece
As rendas do silêncio… Olha, anoitece!
- Brumas longínquas do País do Vago…
Veludos a ondear… Mistério mago…
Encantamento… A hora que não esquece,
A luz que a pouco e pouco desfalece,
Que lança em mim a bênção dum afago…
Outono dos crepúsculos doirados,
De púrpuras, damascos e brocados!
- Vestes a terra inteira de esplendor!
Outono das tardinhas silenciosas,
Das magníficas noites voluptuosas
Em que eu soluço a delirar de amor…
(Florbela Espanca, «Charneca em Flor», in «Poesia Completa»)
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