segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Silêncio e tanta gente | Maria Guinot




Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro o amor em teu olhar
É uma pedra
Ou um grito
Que nasce em qualquer lugar

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal aquilo que sou
Sou um grito
Ou sou uma pedra
De um lugar onde não estou

Às vezes sou também
O tempo que tarda em passar
E aquilo em que ninguém quer acreditar

Às vezes sou também
Um sim alegre
Ou um triste não
E troco a minha vida por um dia de ilusão
E troco a minha vida por um dia de ilusão

Às vezes é no meio do silêncio
Que descubro as palavras por dizer
É uma pedra
Ou um grito
De um amor por acontecer

Às vezes é no meio de tanta gente
Que descubro afinal p'ra onde vou
E esta pedra
E este grito
São a história d'aquilo que sou

Poema e música de Maria Guinot

domingo, 8 de janeiro de 2017

Opera esse milagre, simples, como tudo o que é natural! | Para ti, ...

Um poema de amor, como qualquer outro: bonito!




Para ti
Meu amor
Levanto a voz
No silêncio
Desta solidão em que me encontro
Sei que gostas de ouvir
A minha voz
Feita de palavras ternas e doces
Que invento para ti
Nos momentos calmos
Em que estamos sós
Sei que me ouves
Agora…
... uma vez mais
Apesar da distância
 E do silêncio

Opera esse milagre
Simples, como tudo o que é natural!

Poema de Mário Soares, 1962
Música e voz  de Carlos Mendes