sábado, 31 de julho de 2010

Listening Lhasa: Rising.
























I was caught in a storm
Things were flying around
And doors were slamming
And windows were breaking ...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Café Central: um lugar a frequentar.

Este desenho poderia, talvez, ser um post do blogue Café Central. Que me desculpe, desde já, o seu editor, pela minha pretensão e audácia ao avançar esta hipotética possibilidade. O tema levou-me a escolhê-lo e, também, o facto de eu gostar muito de rabiscos.

   














Rui Fernandes, 1983, sem título, bar Desporto, Almada Velha.

O seu título Café Central  tão comum e familiar. Qual a cidade, vila, ... que não tinha  ou, ainda tem o seu "Central"? Na minha cidade havia um, (desculpem ainda há, irreconhecível!)  mesmo no centro, amplo; lugar de encontro, de conversa, de estudo, de leitura, de rabiscos, de simplesmente estar ...

Este lugar também é um pouco de tudo isso. Não é comum, vulgar muito menos. Sóbrio como o "antigo Central". Encontramos lá prosa, poesia, fotografia, música ... arte do belo. Pano de fundo: o café e tudo o que com ele se possa relacionar.

Eu adoro passar lá e ficar a ler e fruir  do que quer que seja que o seu dono tem para oferecer. Nunca fico decepcionada. Surpreendida, sim, pela beleza do que encontro.

Convido e recomendo a quem passa por "As Estações do Ano" a visitar o Café Central e a apreciar o ambiente único, deste espaço.

domingo, 25 de julho de 2010

FIAR - Festival Internacional de Artes de Rua 2010.

O espectáculo O Pino do Verão anuncia o FIAR - Festival Internacional de Artes de Rua,  dia 30 de Julho, pelas 22 horas, no Castelo e prolonga-se durante o fim de semana, pelas ruas de Palmela. (clicar no título: programa)

Não se esqueçam das recomendações de O Bando, para quem for ver O Pino do Verão: "a entrada é livre mas quem se quiser sentar deve trazer uma cadeira, quem quiser ver deve trazer uma lanterna e quem não quiser ter frio deve trazer uma manta".

Os Olhos da Terra 



Espectáculo de rua dirigido por Nuno Nunes com o Grupo 1º de Maio, de Cante Alentejano, em Palmela, no FIAR 2008

"A rua. As ruas desta Vila de Palmela. Nelas nos teceremos. Ou elas nos hão-de tecer. De uma forma ou de outra, ou por ambas, nela nos acharemos todos - organizadores, criadores e público - em comunhão. Na descoberta dos espaços - que uns julgam conhecer e que outros desconhecem de todo. Uns e outros podem partilhar o prazer da descoberta pela incisão do fazer artístico, quer pela ocupação física, quer pela sugestão de caminhos, de escuta de sons novos, de novas disposições do claro e do escuro, dos seus matizes. Neste território instala-se o desejo de uma nova convivialidade. Cala fundo em nós o desejo de uma arte feita por todos numa polis democratizada." in FIAR

 FIAR  também significa Associação Cultural - Centro de Artes de Rua. Foi criada em 2000 como estrutura co-organizativa do Festival Internacional de Artes de Rua - FIAR, organizado em parceria com o Teatro o Bando e a Câmara Municipal de Palmela e que evoluiu para um Centro de Artes de Rua. Do seu manufesto retirei este excerto que traduz bem quem é o FIAR - Festival e Associação.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ouvir: Fado em Si Bemol.

Estou de férias: é verão, tempo de feiras, festas, festivais e muita música ... E por falar nisso a Feira de Santiago está quase a começar e os  Deolinda  vêm cá, dia 8 de Agosto, pelas 22h.

O  Fado em Si Bemol  é um quinteto do Porto. Integram a música que fazem no fado, jazz e world. Estiveram, há pouco tempo, numa FNAC perto de nós. As canções são-nos todas familiares, mas envoltas noutras sonoridades. Ouvi várias, escolhi duas: A moda das tranças pretas, música tradicional portuguesa, que, nesta versão, é,  sem sombra de dúvida, uma música de verão  e Vejam bem, de José Afonso. Ouçam! É bastante interessante.

A Moda das Tranças Pretas


"Como era linda com seu ar namoradeiro
 Até lhe chamavam 'menina das tranças pretas
 Pelo Chiado passeava o dia inteiro,
Apregoando raminhos de violetas."

Vejam bem


"Quem lá vem
dorme à noite ao relento na areia
dorme à noite ao relento no mar
dorme à noite ao relento no mar."

sábado, 17 de julho de 2010

Ouvir JP Simões.

"A minha maior ambição é ficar, um dia, tão espantado com qualquer coisa que faça, como fiquei espantado com muita música que ouvi.
 É difícil  ...  tanto que o tempo vai passando, e o espanto, a capacidade de espanto, tende a desaparecer, ou ficar menos activa, de algum modo." JP Simões












Ontem, ao fazer zapping, fui parar às 5 para a meia noite e um dos convidados era JP Simões (Jê Pê Simões). Pouco ouvi da conversa com Luís Filipe Borges, embora o suficiente para ir ao youtube pesquisar. Gostei de o ouvir a ele e às suas músicas. Apesar disso, optei por uma interpretação dele de uma canção de José Mário Branco,  por se adequar mais ao espírito deste blogue. Após algumas horas e depois de ouvir várias vezes o dueto com Laura Conzetti não resisti em integrá-lo neste post. ((biografia: clicar no título) 

Inquietação de José Mário Branco.

"Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas."

JP Simões e Luanda Cozetti cantam "Se por acaso".



"E ouvem-se ao fundo canções tão banais de paz e amor"

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Um dia uma foto por José Branco

Nos últimos tempos, a propósito ou não, tenho vindo a fazer referência aos blogues que eu acompanho e cujas ligações estão, aqui, mesmo, ao meu lado.
Chegou a vez de Um dia uma foto, de José Branco. É um blogue, exclusivamente, de fotos, pois as palavras, neste caso, são supérfluas e desnecessárias, à semelhança do que acontece em tantas outras situações, em que os sentidos as dispensam.

Escolhi esta montagem Olhares (2009), de José Branco e convido-vos a passar por este blogue, onde poderão ver uma mais recente, de 2010, Transiberiano - A Grande Viagem ...



Espero que gostem!

domingo, 11 de julho de 2010

Arrábida, Convento e Coro de Câmara de Setúbal.

Se existe um Deus ou vários deuses ou ... eles estiveram, ontem, na  Capela do Convento da Arrábida, a ouvir o Coro de Câmara de Setúbal. Os deuses e nós!



Ave Maria de Josef Rheinberger. Concerto pelo Coro Feminino do Coro de Câmara de Setúbal, Convento da Arrábida, 11 de Julho 2009. Direcção: Raul Avelãs. Piano: Nuno Batoca.

Convento da Arrábida.

   
















Fotografia de José Branco

E, ontem, os portões deste convento sempre fechados, abriam-se, com uma frase mágica: "Vimos para o concerto."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ry Cooder - Paris Texas

Banda sonora do filme Paris Texas, de Wim Wenders, 1984

quinta-feira, 8 de julho de 2010

The Worst Taste in the Music

The Worst Taste in the Music é um dos blogues que eu acompanho. Tem dois editores, juanovski e tracejado, e como o seu nome indica é sobre música. Razões de ordem afectiva determinaram a sua escolha para estar aqui ao meu lado, em As Estações do Ano.

Hoje, visitei-o e tive vontade de partilhar o seu último "post", com quem passa por aqui... Espero que gostem, porque eu gostei muito!

automedico-me

Um alpendre de uma pequena casa. Noite calma e quente. Um copo de vinho tinto macio numa mão. Um baloiço para me embalar a alma. Um pequeno ponto de luz para denunciar a única presença humana no meio da natureza. Uma brisa que me traz os aromas de manjerico e alecrim... Tudo deveria ser possível...

You can believe in everything
You can believe it all

A banda sonora:


Catch The Breeze, Slowdive, Just For A Day, 1991."  da autoria de juanovsky

Sentado à tua mesa

"A alguém que temperou e condimentou com o seu sorriso e o seu olhar de maresia o meu almoço solitário."

TERNURA

É num carioca de limão
que fica a boiar o olhar
que eu espero
como um navio que me levasse
até ao cabo da ternura

É numa chávena de café
que eu poiso o meu cigarro
como se o fumo fosse um arco de criança
para tu guiares
pelas ruas do coração.

É numa mesa redonda
como o corpo da solidão
que a loucura é de repente
um ângulo aberto, uma estrada
para onde nós quisermos ir
sem feras a cercar-nos o passo.

É aqui neste café cronometrado
pelos otários do tempo,
pelos algozes do sofrimento
que eu acordo em ti a asa
mais louca do desejo
e digo ...

Manuel José de Sá Correia   (texto com supressões)
Manuel de Sá Correia e Mário Paiva em Sentado à Tua Mesa, 1ª edição, Viseu, 1980

terça-feira, 6 de julho de 2010

Matilde Rosa Araújo

As Estações do Ano tem vários blogues que acompanha.
 E, neste momento de homenagem a esta escritora de literatura infantil, gostaria de convidar-vos a visitar alguns:  Coro de Câmara de Setúbal, Existente InstanteTalvez uma Península.
Mensagens, todas elas diferentes, pois cada blogue tem a sua beleza e o seu editor uma forma especial de transmitir o que pensa e o que sente. Por algumas destas razões, eles se encontram aqui, ao meu lado. E, por isso, tomei a liberdade de partilhar com quem passa por aqui estas homenagens.

Todas elas dignas e belas!

Escolhi a capa de O Palhaço Verde, por termos lido nas aulas de LP, de 5º ano, há poucos meses, um texto deste livro. Todos gostámos, e ficou a vontade de ler o livro, na íntegra. Ficará para breve a concretização deste desejo.

Blade Runner: Vangelis



Love theme de Vangelis

Blade Runner´- Perigo iminente, de Ridley Scott (1982) tornou-se num filme de culto na área da ficção científica.

domingo, 4 de julho de 2010

Lhasa "I made a small small song ..."


I made a small small song
made a small small song
I sang it all night long
All through
The wind and rain
Until the morning came

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Jorge Palma em Estrela do Mar.

"Não sei se era maior o desejo ou o espanto,
 só sei que por instantes deixei de pensar
uma chama invisível incendiou-me o peito
qualquer coisa impossível fez-me acreditar."



"Em silêncio trocámos segredos e abraços
inscrevemos no espaço um novo alfabeto
já passaram mil anos sobre o nosso encontro
mas mil anos são pouco ou nada para a estrela do mar."

quinta-feira, 1 de julho de 2010

27º Festival de Teatro de Almada

É com muito prazer que falo desta cidade e do evento que se aproxima - 27º Festival de Teatro de Almada, que vai começar já, no dia 4 e termina dia 18 deste mês, por isso aproveitemos!

Neste festival, poderemos assistir a 30 produções (portuguesas e estrangeiras), das quais 12 são estreias. Os espectáculos vão ter lugar em inúmeros espaços, nas cidade de Almada, de Lisboa e do Porto. Exposições, cinema, encontros e música também estão previstos. Destaco Música na Esplanada. Como o nome indica nesta esplanada ouve-se música de vários géneros e de várias origens e situa-se na Escola D. António da Costa, junto ao palco grande.  consultar programa
   





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O tema desta edição é a poesia e  por isso o destaque para  Ode Marítima, de Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa, encenado por Claude Régy e interpretado por Jean-Quentin Châtelain, entre os dias 14 e 16, no Teatro Municipal de Almada.

Ainda integrado neste Festival, gostaria de destacar a criação Carmen.Eunice.Maria - Cantos nos Palcos de Almada. Assim, teremos o privilégio de ver e ouvir estas três Senhoras do teatro, Carmen Dolores, Eunice Muñoz e Maria Barroso (actriz homenageada)  a actuar, pela primeira vez, juntas. Este momento único vai ser dedicado à arte de dizer poesia, Teatro Municipal de Almada, dia 10, pelas, 20h 30.
















Ouvir Luís Miguel Cintra é um prazer. Garanto-vos! As dez Canções de Camões, dia 14, pelas 19 horas, no Fórum Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes-Graça.
 















A nós, público, caber-nos-á a arte de os saber ouvir.

 

Festival de Teatro de Almada: memórias.

Não posso terminar este apontamento sem fazer referência a uma representação que eu assisti, em 1989, na Incrível Almadense, integrado neste Festival, O Baile, encenado por Hélder Costa e representado pela Barraca.  Era no baile que tudo se passava, sem diálogos. Cenas da história de Portugal eram retratadas através da música e da dança, dos movimentos e das expressões de quem  representava. "A guerra do Ultramar" e "o 25 de Abril" são as cenas que eu ainda recordo. Muito bom!
Deste elenco, na altura, fazia parte, o actor Osvaldo Canhita, que me deu uma ajuda preciosa para que eu pudesse  recordar este momento, com maior exactidão. A ele agradeço este contributo.