A política nunca foi tema neste blogue, pelo facto de ser um assunto que não me anima, não me alegra nem me apaixona. No entanto, hoje, dia em que começa o verão, houve um acontecimento que eu não posso deixar de referir: o discurso de Assunção Esteves na sua tomada de posse como presidente do parlamento. Refrescante, no mínimo!
"Presidir ao Parlamento constitui a maior honra da minha vida", disse Assunção Esteves aos deputados, "porque o Parlamento é a liberdade que se fez instituição, consequência da razão moderna, do pensamento das luzes, da coragem dos justos."
"Somos nós o cais da esperança que num domingo de junho saiu de casa para nos escolher e da esperança que não saiu, que é dos cidadãos que lá bem no fundo esperam para se reconciliar com a política."
"Que orgulho e que responsabilidade a nossa! Ou decidimos melhorar o mundo ou teremos que perguntar como se dorme o nosso sono."
"São tantos os projetos, as expetativas, as inquietações que connosco se sentam e que exigem de nós que cultivemos com os domínios da vida das pessoas concretas formas de comunicação contínua muito para além do tempo das eleições e do espaço dos partidos. Verdadeiramente, o que se nos exige é a reinvenção da democracia."
“Dedico este meu momento de alegria a todas as mulheres, às mulheres políticas que trazem para o espaço público o valor da entrega e a matriz do amor, mas sobretudo às mulheres anónimas e oprimidas”.
Discurso de Assunção Esteves na tomada de posse como Presidente do Parlamento, em 21 de Julho de 2011 (excertos).