"Quando só há gaivotas e solidão, é que a Arrábida se revela, se entrega inteirinha. Horas ou léguas sem encontrar gente de gravata; horas ou milhas a topar apenas, a par das gaivotas, os pescadores de polvos nos seus barquinhos pequenos ou pescadores de tresmalho nos saveiros ou nas canoas ou a malta da arte... Mas os pescadores são da paisagem, são os pormenores humanos, os pormenores trágicos, se a gente se não limita a encantar os olhos da paisagem; e a solidão não é pela sua presença que será menos perfeita.
E que verde que é o mar em Outubro! E como tem outro som - um som só para nós, feito para nós ... "
E que verde que é o mar em Outubro! E como tem outro som - um som só para nós, feito para nós ... "
Editado pela primeira vez em 1961. Diário de Sebastião da Gama, 6ª edição, Ática, Lisboa (texto com supressões).
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