Do meu amigo não sei
o nome nem o paradeiro
sei apenas como o vi
a olhar-me o tempo inteiro
Não lhe conheço a morada
só sei que olhava e olhava,
nos seus olhos como um rio
os meus olhos desaguavam.
Essa manhã não queria
lembrar-me as horas, o tempo.
Meu amigo caminhou
com seus cabelos ao vento,
As mãos eram brancas e longas
na fronte tinha uma estrela
e a sua maneira de olhar
dizia-me o nome dela.
O meu amigo não quis
levar-me naquele momento
apenas convidar-me
a adivinhar-lhe o intento.
Só quero do meu amigo
Olhá-lo de corpo inteiro.
Que venha de novo amanhã
à hora do sol primeiro.
em De que cor é o desejo de João Pedro Messéder
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