"A estrela ergueu-se muito devagar sobre o Céu, a oriente. O seu movimento era quase imperceptível. Parecia estar muito perto da terra. Deslizava em silêncio, sem que uma folha se agitasse. Vinha desde sempre. Mostrava a alegria, a alegria una, sem falha, o vestido sem costura da alegria, a substância imortal da alegria.
Baltasar reconheceu-a logo, porque ela não podia ser de outra maneira."
Final do conto Os três reis do oriente, de Sophia de Mello Breyner. Ilustrações de Fedra Santos.
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