Baseada nas crónicas e na poesia de Manuel António Pina, João de Brites encenou, O Bando apresentou Ainda não é o fim nem o princípio do mundo, calma é apenas um pouco tarde, "um ESPECTÁCULO DE TEATRO que é um MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA que é um CONCERTO ENCENADO que é um ARRAIAL POPULAR que é uma PRIMAVERA ANUNCIADA." O Bando
Fotografia de Pedro Soares
Num pequeno largo da vila de Palmela, numa noite de primavera, em que a chuva esperou pelo fim do espetáculo para não nos perturbar.
«Mães e filhos ocupam as ruas de uma cidade. Procuram as raízes da história e as estórias da revolução. Procuram conhecer essa primavera que lhes escapou, essa primavera pura e idílica que ainda sonham, essa primavera humana e destroçada que vislumbram. Trazem anedotas, gritos e boatos. Trazem freios nos dentes, cangas às costas, baldes e sonhos, promessas de destinos desconhecidos. Conhecem o peso dos sacrifícios e, como todos nós, tanto se entusiasmam e libertam como desistem e aprisionam.»
Num mundo que se constrói «entre o estrondo e o sussurro, entre a festa e o cansaço, entre a esperança e o derrotismo, entre a celebração coletiva e a amargura de cada um».
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