"A alguém que temperou e condimentou com o seu sorriso e o seu olhar de maresia o meu almoço solitário ..." Lê-se como dedicatória.
Este livro de poesia anda sempre perdido e eu sempre à sua procura. Talvez por ser pequeno e praticamente não ter lombada. Vou deixá-lo por aqui, assim não corre o risco de desaparecer no meio dos outros.
Este livro de poesia anda sempre perdido e eu sempre à sua procura. Talvez por ser pequeno e praticamente não ter lombada. Vou deixá-lo por aqui, assim não corre o risco de desaparecer no meio dos outros.
Lembrei-me dele porque não consigo dissociá-lo de Modigliani. Conheci os dois na mesma altura. O livro foi-me oferecido, o quadro (réplica) estava pendurado na parede da sala: uma figura feminina desenhada de uma forma estranha chamou a atenção dos meus olhos. Inesquecível! Amor à primeira vista.
O almoço também estava bom. Fugiu à rotina dos almoços na cantina velha.
O almoço também estava bom. Fugiu à rotina dos almoços na cantina velha.
Este livro está comigo há muitos anos, é sobre a ternura. As páginas não estão soltas, mas já estão amarelecidas. Os poemas são muito bonitos. Podem ler aqui, o poema Ternura, do mesmo autor.
Edição dos próprios autores, Carlos Paiva e Manuel José de Sá Correia; capa e arranjo gráfico de Alberto Lopes; 1ª edição 1980.
Construção
Sobre os teus cabelos
ponho a minha boca
e no teu corpo doce de ansiedade
solto os cavalos mais loucos
da minha poesia, as aves mais sedentas
da minha alegria;
e a pouco e pouco
ergo nas tuas linhas
a casa de que é feita
a nossa ternura.
Manuel José de Sá Correia
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